quarta-feira, 24 de setembro de 2008

INAUGURAÇÃO DO BONDE TURÍSTICO PORTUGUÊS.

Em 2005 a cidade do Porto - Portugal doou 3 bondes para Santos. Em 24 de Janeiro de 2006 foi inagurado o primeiro veículo totalmente recuperado e de cor amarela.
Dia 23 de Setembro de 2008 foi inaugurado o segundo veículo, desta vez de cor verde.
O Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra da cidade de Santos,participou da festa apresentando danças e cantares típicos da região de Coimbra - Portugal.
A Banda Filhos da Tradição apresentou belíssimos Fados e canções populares portuguesas.

O bonde e o motorneiro.

O bonde, prefixo 224.

Os dois bondes portuguêses doados pela cidade do Porto - Portugal. O amarelo foi inaugurado dia 24 de janeiro de 2006 e o verde dia 23 de setembro de 2008.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mais um bonde português começa a circular no Centro Histórico de Santos.

O segundo bonde português, doado ao município, começa a circular na Linha Turística do Centro Histórico, a partir desta terça-feira, quando será comemorado em Santos, pela primeira vez, o Dia do Bonde Turístico. A data foi instituída pela Lei Municipal 2.551, de 25 de julho de 2008, e lembra o dia em que o veículo voltou a rodar pela cidade, em 2000. Doado ao município pela Sociedade de Transportes Coletivos da Cidade do Porto - Portugal, o bonde, de prefixo 224, foi totalmente restaurado pela CET. As cores externas originais - branco e verde - e o revestimento interno, todo em madeira, foram preservados.

A programação relativa à data terá início às 12 horas, com apresentação da banda da Escola Municipal Maria de Lourdes Borges Bernal, na Praça Mauá. Às 12h30, será a vez do Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra, que mostrará números de dança típicas portuguesas e de fado, a cargo dos 'Filhos da Tradição'. Participa ainda o grupo 'Tocata'. Às 13h, o novo bonde começa a rodar, seguindo até a Estação do Valongo, no Largo Marquês de Monte Alegre, onde a banda escolar toca mais uma vez.

Quatro veículos

A linha turística do bonde passa a contar agora com quatro veículos, além de um reboque. O primeiro - aberto do tipo 'camarão' - é de 1909. O segundo, fechado, é da década de 60, enquanto o terceiro é o outro bonde português amarelo, da década de 20. O reboque é de 1880, sendo instalado nos veículos quando a expectativa em relação ao número de passageiros é alta, geralmente em feriados, datas festivas e meses de férias escolares.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

FESTIVAL DE FOLCLORE PORTUGUÊS EM SANTOS.

Dia 21 de setembro a partir das 15 horas no Clube de Regatas Vasco da Gama.
Av.Saldanha da Gama , 40 - Ponta da Praia.
Entrada: um kg de alimento não perecível.
Grupos Folclóricos participantes:
G.F Cruz de Malta
G.F Casa de Portugal de Praia Grande
G.F Vasco da Gama
R.F Típico Madeirense
R.F Tricanas de Coimbra
G.F Veteranos de Santos.
Organização e realização:Clube XV Amigos da Vila Matias.
Participe e leve a sua família!!!


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

POETAS SANTISTAS SERÃO REEDITADOS EM PORTUGAL.

A Literatura de Santos está prestes a ganhar seu maior presente, e virá de forma especial. O empresário santista Rui Calisto, que hoje reside em Portugal, está com a biografia oficial do poeta Martins Fontes no prelo, para ser lançada em Lisboa. Além disso, ele planeja reeditar a obra completa não só de Fontes, mas de todos os outros poetas santistas.

Recentemente, Rui lançou, em Portugal, “A Cigarra e a Formiga”, uma co-autoria com Martins Fontes, de cujos poemas foram tirados a inspiração.

Leia mais em :

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

8 DE SETEMBRO DIA DA PADROEIRA DA CIDADE DE SANTOS - N.Sra. DO MONTE SERRAT.

Oração à Nossa Senhora do Monte Serrat:

Ó clementíssima Virgem Maria, minha Soberana e Mãe, augusta Senhora do Monte Serrat, venho lançar - me no seio da vossa misericórdia e ponho, desde agora e para sempre, a minha alma e o meu corpo debaixo da vossa salvaguarda e da vossa bendita proteção .
Confio - vos e entrego nas vossas mãos todas as minhas penas e misérias, bem como o curso e o fim da minha vida, para que , por vossa intercessão e vossos merecimentos , todas as minhas ações se dirijam e se disponham segundo a vontade de vosso Divino Filho , Nosso Senhor Jesus Cristo , e que minha alma depois desta vida possa alcançar a salvação eterna.
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós.
Nossa Senhora do Monte Serrat, rogai por nós.

Hino de Nossa Senhora do Monte Serrat:

Refrão:
Aos vossos pés suplicando, erguemos a humilde voz:Nossa Senhora do Monte Rogai a Jesus por nós!

Nossa Senhora do Monte,Que estais no Monte a rezar, Pedi por nós vossos filhos, Que não vos cessam de amar!
A vossa ermida tão clara qual uma hóstia de luz, recorda a vossa presença, Celeste Mãe de Jesus!

Nas horas mansas e boas, Nas horas tristes e más mandai-nos vosso sorriso E as vossas bênçãos de paz !
Sois a nossa mãe e rainha Sentimos rezando a vós,O céu mais perto da terra, Pois sempre estáis junto a nós

Nossa Senhora do Monte,Que estais no Monte a rezar descei até vossos filhos, Vinde conosco ficar !
Ficai conosco Senhora,Rezai, conosco, também Agora e na hora da morte,nas horas todas , amém.

domingo, 7 de setembro de 2008

7 DE SETEMBRO - INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.




Hino Nacional Brasileiro


Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado
retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,

Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!

Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."

Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!


Letra: Joaquim Osório Duque Estrada - Música: Francisco Manuel da Silva.

sábado, 6 de setembro de 2008

NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT - PADROEIRA DA CIDADE DE SANTOS.

Todo aquele que é santista ou mora em Santos conhece a devoção desta terra a Nossa Senhora do Monte Serrat. Todos os anos, a imagem desce da sua capela, no alto do monte, para a Catedral, e volta no dia 8 de setembro, após alguns dias de homenagens, numa festa popular em que a Cidade é novamente consagrada à sua padroeira.
O culto à mãe de Deus existe desde os primeiros tempos do Cristianismo e o primeiro santuário de que se tem
notícia histórica é o da Síria, em 390. O culto mariano foi definido, no Concílio de Éfeso, no ano 431. No fim da Idade Média, a Europa romântica e gótica ergueu muitas igrejas, verdadeiros centros de arte e religião que exaltavam o culto à Virgem Maria.
O culto a Nossa Senhora do Monte Serrat surgiu na Espanha, durante a Reconquista, época de lutas entre os cristãos contra os mouros que tinham invadido a Península Ibérica (Portugal e Espanha). Para escapar aos saques, igrejas e capelas foram desativadas, sendo muitas das suas imagens escondidas.
Segundo a tradição, teria sido um pastor que encontrou, na Catalunha, numa área deserta, uma imagem da Virgem Maria com o menino, dentro de uma caverna. A região tem um relevo muito especial, estranho, de rochas agudas que lembram, no horizonte, os dentes de uma gigantesca serra de cortar. Daí o nome de Monte Serrate. O pico mais alto mede 1.235 metros e chama-se São Jerônimo. Curiosa coincidência com a história do Monte Serrate de Santos, cujo primeiro nome era morro de São Jerônimo. Da Catalunha (Espanha) a devoção a Nossa Senhora do Monte Serrat espalhou-se pela França, Itália, Portugal, Países Baixos, Alemanha, Áustria, Tchecoslováquia e outros.
Exerceu marcante influência nas lendas da cavalaria medieval, como na História de Carlos Magno e os Doze Pares da França.
Trazido pelos espanhóis, veio o culto para a América Central, ainda na época de Colombo, e depois para o México, Peru, Equador, entre outros. De Portugal chegou à Bahia, no tempo de Tomé de Sousa e o "...Santuário de Nossa Senhora do Monteserrate, protetora da Catalunha, fundaram Senhores da Torre que chamam Garcia Dias Ávila..." (antes de 1580), segundo frei Santa Maria no Santuário Mariano de 1723.
O grande impulso a essa devoção foi dado por D. Francisco de Sousa, governador geral, viajando pela Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Santos e Sorocaba. D. Francisco chegou a Santos em 1599, em pleno período espanhol, e governou o Brasil até 1605. Voltou novamente ao Brasil em 1608, para governar a Repartição do Sul e morreu pobre, em 1611.
Um requerimento de frei Bernardo de Braga, provincial da Ordem de São Bento, informa que D. Francisco de Sousa "... foi o que fez a ermida e pôs a imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat na Vila de Santos e a dava aos provinciais de São Bento, se na dita vila assistissem...".
Três pessoas podem ter projetado e construído a Capela do Monte Serrat: Irmão Franciso Dias, jesuíta, português e arquiteto; o florentino Baccio de Filicaia, o alemão Geraldo Betting, engenheiros, todos amigos de d. Francisco. As fontes não esclarecem o ano da construção, sendo aceito o período de 1599 e 1605 ou entre 1609 e 1611.
A capela foi construída segundo um modelo funcional e simples que, devido a condições semelhantes de propósitos e meios, foi repetido em todo o Brasil. A construção sofreu muitas alterações e ampliações nos seus quase quatro séculos de existência. Hoje, a igreja é de responsabilidade da Mitra Diocesana de Santos, assim como o Mosteiro de São Bento, que antigamente estavam, os dois, aos cuidados da Ordem de São Bento (tradicional guardiã dos Santuários do Monte Serrat).
A subida do monte é feita pelo caminho Monsenhor Moreira, onde há 14 quadros em bronze da Via-Sacra, inaugurados entre 1939 e 1941.
Em Santos existem duas imagens bem diferentes. Na Igreja do Carmo, existe uma réplica da original , que é do século XI ou XII, em estilo romântico, em madeira, pintada de dourado. Pelo fato de a madeira estar negra, é chamada de "La Moreneta".
Segundo a tradição, a imagem achada no Monte Serrate teria vindo de Jerusalém para a Espanha e por isso ela é também chamada de "Jerusalamita".
Uma reportagem do antigo O Diário encontrou e fotografou uma imagem que foi apontada como a primeira imagem do Monte Serrat. A fotografia mostra a Madona numa cadeira barroca, tendo na base dois anjos serrando um monte, segundo aguns, acrescentados. Do espaldar da cadeira, em forma de coração, surge um sol com raios enormes. Não se sabe onde se encontra essa imagem. Teria sido esta a primeira imagem doada por D. Francisco.
A segunda, é a atual, atribuída ao escultor beneditino frei Agostinho de Jesus, por D. Clemente M. da Silva Nigra. É de barro cozido, com 40 cm de altura, feita entre 1652 e 1655. Ela pertence ao importante grupo de imagens de barro, realizadas pela escola beneditina de escultura do século XVII. Maria está sentada numa cadeira de braços com o menino em pé sobre os joelhos.
São muitos os significados religiosos da devoção. A começar pela construção da capela no alto de um morro de 150 metros, para onde foi difícil levar o material. Na mitologia, a montanha é símbolo primordial, pois representa segurança e uma maior proximidade com Deus. Ir à montanha significa uma forma de ascensão religiosa. O monte é a lembrança da terra, a grande mãe que nutre o homem, da qual ele depende para a sua sobrevivência. Tornou-se costume católico a consagração dos montes a Deus ou aos Santos.
Incontáveis são os milagres atribuídos a Nossa Senhora do Monte Serrat desde o século XVII, tempos de invasões corsárias, como a do holandês Spilbergen, em 1615, registrado pela tradição do desmoronamento sobre os invasores. Frei Santa Maria escreveu: "Com esta santíssima imagem têm muito grande devoção os moradores daquela vila, e assim eles, como os religiosos monges, a servem e festejam com muita grandeza e devoção (...) é muito grande o concurso da gente de toda aquela vila que vai louvar e visitar aquela Milagrosa Senhora, porque, além de ser causa de muita romagem em todo o ano, neste seu dia é muito maior o concurso. Nele lhe vão a oferecer as suas ofertas e a pagar os seus votos".
Essa descrição, anterior a 1723, serve muito bem para a festa do dia 8 de setembro. No século XIX, a festa do Monte Serrat reunia multidão que rezava e se divertia barulhentamente. Havia reclamações sobre aspectos da festa, considerados demasiado lúdicos. Nessa época, só a festa no Monte Serrat durava três dias.
A festa era encerrada com a procissão do Senhor do Bonfim, cuja imagem é uma das mais notáveis obras de arte de Santos. A devoção do Bonfim originou-se em Setúbal, Portugal, e veio para o Brasil em 1745, para a Bahia, estando ligada ao culto mariano.
A devoção tornou-se tão forte que, em 1955, Nossa Senhora do Monte Serrat foi proclamada, oficialmente, padroeira de Santos, assim como inspirou versos aos poetas, como Thales de Melo e Martins Fontes, e na prosa, páginas como a de Lydia Federici.
Na música, destaca-se o hino composto por Rodoreda, em 1923, e o da coroação, de Jesus de Azevedo Marques, com letra do padre Edmundo Cortez.
Mas é a subida da colina, que começa junto à famosa Fonte do Itororó, a presença maciça do povo levando a imagem, as rodas de samba na festa do morro que provam que a devoção a Nossa Senhora do Monte Serrat, além de herança histórica, é uma das mais importantes tradições do povo santista.
Nossa Senhora do Monte Serrat é padroeira de Santos, por lei sancionada pelo prefeito Antônio Feliciano em 1954 e coroada solenemente em 8 de setembro de 1955.

Ata da coroação de Nossa Senhora do Monte Serrat:

Aos oito dias do mês de setembro de mil novecentos e cincoenta e cinco, ao calor de nossos entusiasmos e de nossa fé religiosa, perante a grande assembléia do povo católico de Santos, mercê de um Rescrito da Congregação dos Ritos, de três de dezembro de mil novecentos e cincoenta e quatro, sendo Presidente da República o Sr. Café Filho, Governador do Estado o Sr. Jânio Quadros, Bispo de Santos D. Idílio José Soares, Vigário Geral Monsenhor Primo Vieira, Prior do Mosteiro de Santos D. Olidano Erbert O.S.B, Prefeito Municipal o Sr. Dr. Antonio Feliciano, Presidente da Câmara Municipal o Sr. Dr. João Carlos de Azevedo, Comandante da Guarnição Militar o Sr. Cel. Hugo Parasco Alvim, Diretor do Fórum o Sr. Dr. José Manoel Arruda e Delegado Regional do Ensino o Sr. Prof. Damasco Peña, foi solenemente proclamada
Padroeira desta terra e triunfalmente coroada pelas mãos do Eminentíssimo Snr. Cardeal Motta, a veneranda imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat.
E para que tudo conste "ad perpetuam rei memoriam" aqui fica lavrada a presente Ata
Santos, 8 de setembro de 1955

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

MARLY GONÇALVES -A FADISTA SANTISTA.

BIOGRAFIA:
Marly Gonçalves
Nasceu na cidade de Santos (São Paulo – Brasil)
Filha do casal de portugueses, Armando Gonçalves e Maria Odete Antunes, que vieram para o Brasil na década de 50, provenientes da Lousã (Coimbra - Portugal).
Com apenas três anos de idade, sentada no balcão da padaria de seus pais, a menina loirinha de olhos verdes, já encantava os fregueses ao cantarolar fados.
Trancada no quarto, colocava os discos de Amália Rodrigues trazidos pela mãe.
- “Minha mãe gostava de me ouvir cantar, e pedia para eu aprender as músicas”.
Foi assim que foi tomando o gosto, passando a se dedicar ao fado, que adorava.
Por volta dos 12 anos, cantava em festas escolares, e em reuniões de amigos e familiares.
Mas só mais de duas décadas depois, no dia 19 de Agosto de 1995, é que inicia a sua carreira profissional, se apresentando em um show no Mendes Plaza em Santos,.
O que era de brincadeira, acabou se tornando profissional.
A partir dessa apresentação, os convites não pararam mais. Apresentou-se para a colônia Luso-Brasileira em várias casas da região e da capital paulista.
Um dos importantes impulsos que a sua carreira recebeu, foi o convite do cantor português Roberto Leal, para se apresentar em seu restaurante Marquês de Marialva, em São Paulo, onde recebeu elogios de pessoas como Pelé, Simonal, Joana, Juca Chaves, Wanderléia, e Pepita Rodrigues, entre outras.
Tal sucesso repentino, valeu-lhe vários prêmios, culminando em 1998, com o Jubileu de Prata do “Troféu Brás Cubas”, onde lhe foi atribuído o “Prémio de Melhor Cantora de Fado”. Estava assim definitivamente lançada, sua carreira de fadista.
Claro que tamanho sucesso, não podia passar sem um registro, para deliciar os seus muitos admiradores, pelo que no ano de 2000, lança seu primeiro CD “MARLY GONÇALVES – Recria 16 sucessos da música portuguesa”, obtendo elevada aceitação do público e da crítica.
Marly Gonçalves, está já preparando o lançamento do seu próximo CD, que deverá acontecer no início de 2008.
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Marly Gonçalves - Negro Xaile

SANTOS, TERRA DE ENCANTOS!

As belas praias e o porto de Santos



Por do sol em Santos

SANTOS ANTIGAMENTE.

A igreja do Rosário em 1928.
Em cartão postal da época da Primeira Guerra Mundial, a Praça Rui Barbosa, tendo ao fundo o Monte Serrat e à esquerda o prédio dos Correios.

Esta foto é de 1929, mostrando a Praça Mauá (no trecho onde seria erguido o prédio da Prefeitura), e ao fundo as edificações na esquina da Rua D. Pedro II com a Rua Cidade de Toledo.

Em 1941, vê-se neste postal a frente do novo prédio da Prefeitura (inaugurado em 26/1/1939), tendo aos fundos (já na Rua Augusto Severo) as instalações do Colégio do Carmo (à esquerda) e da mais antiga loja de comércio de Santos, a Ferreira de Souza.

A praça Mauá, tendo à esquerda a confluência com a Rua General Câmara, possivelmente na década de 1930.

vista da praça Mauá em 1929 com o ponto final dos bondes 2 e 15, com reboque, ainda antes da construção do prédio da Prefeitura.

Praça Mauá, em cartão-postal com foto de J. Marques Pereira, enviado de Santos para a França em julho de 1907. Note-se as árvores, o traje das pessoas e, no centro da imagem, um interessante bebedouro público, devidamente iluminado.

Foto mostrando os bondes com tração animal e detalhes da Matriz (que seria demolida até 1908).

O trecho final da AV. Ana Costa, visto desde a Praça da Independência, no final da década de 1920.

Praça da independência em 1952.

O Cine Atlântico, em 1939, entre a então Rua Marechal Deodoro (à esquerda) e a Avenida Ana Costa.

Foto de 1931, tirada de alguma janela do Hotel Parque Balneário, ainda se vê o antigo casario da praça e da Avenida Ana Costa.

vista da torre da Catedral em direção ao bairro do Valongo, no início da década de 1930, tendo em primeiro plano parte da Praça José Bonifácio e a esquina com a Avenida Senador Feijó.

Em foto tirada do Morro do Pacheco, a área central de Santos em abril de 1900, vista na direção do bairro paquetá.

As igrejas do Convento do Carmo em 1865.

Vista aérea do porto de Santos em 1959.

O teatro coliseu no início do século XX.

Igreja Sagrado Coração de Jesus , demolida após a explosão do gasômetro em 1967.

Em 1910, os bondes elétricos já trafegando no trecho inicial da avenida Ana Costa, tendo ao fundo o Monte Serrat. Neste postal aquarelado à mão, que circulava em julho de 1906, vê-se a primeira edificação do Parque Balneário Hotel.

Avenidas da praia, já com os jardins formados por volta de 1940, com o bonde da linha 12 passando defronte ao bosque mantido pelo Parque Balneário Hotel. O primeiro prédio visto à direita, no outro lado da Avenida Ana Costa, é o do hotel Atlântico.

A Avenida Presidente Wilson, na década de 1940, vendo-se os hotéis Avenida, Belvedere e Atlântico. Ainda estreita, tinha um estacionamento usado pelos freqüentadores da praia, e que desapareceu por volta de 1955, quando a via foi ampliada, reduzindo-se a largura dos jardins.


A fonte nove de julho em fins da década de 1950 , no jardim da praia defronte à Av. Ana Costa, e à direita o prédio atual do hotel Atlântico, existindo ainda o prédio do hotel Bandeirantes e já descaracterizada a fachada do hotel Belvedere, erguendo-se na esquina com a Rua Marcílio Dias o hotel Avenida Palace.

Avenida Ana Costa, vista da praça independência em direção à Praça das Bandeiras, na praia do Gonzaga.

LENDA DO FANTASMA DO CEMITÉRIO DO PAQUETÁ - SANTOS


Foi uma história que ocupou muito a população de Santos entre o final do século retrasado e início do passado, assim contou em 1966 dona Elvira Lopez (falecida em 1970 aos 87 anos), espanhola que já morava no Brasil desde criança no final do século XIX, na Rua Dr. Cocrane, 179.
Sua explicação foi confirmada pelo Sr. Clovis Benedito de Almeida (nascido em Santos em 1934), que também escutou atentamente as histórias de sua avó, dona Maria do Rosário (falecida em 1956, aos 86 anos).
Segundo os dois depoimentos, ocorreu que uma certa Maria, apelidada "a Maracajá", que era uma beata, teve um envolvimento com um religioso da Matriz Velha, pois sua residência era também para os lados da antiga matriz. Dessa relação proibida nasceu uma criança, que veio a falecer logo depois, devido ao alto índice de mortalidade infantil, tão comum naquele final de século XIX.
Por vergonha, foi a criança enterrada de forma bem discreta, mas a sociedade condenou a pobre Maria e, todas as noites, ela surgia na esquina da Rua São Francisco de Paula, com seu vestido (próprio da época) com um véu semelhante à Verônica de Semana Santa.
Seguia pelo gradil do cemitério da Rua Dr. Cócrane e se dirigia até o portão principal, onde se ajoelhava, levantava o véu, enxugava suas lágrimas e acenava para dentro, em direção da capela onde, à direita de quem olha, está a quadra infantil. Muitas vezes, era obrigada a abrir o grande portão trabalhado e encimado por uma cruz, pois não havia velório na capela. Acabando a sua manifestação de dor, retirava-se para a Rua Bittencourt e ali desaparecia rapidamente.
Não podemos esquecer que a iluminação pública era feita pelos famosos lampiões de gás, muito distantes um do outro e da frente do grande Largo do Paquetá. Também era comum a população se recolher cedo, para acordar às 5 horas da manhã, num costume bem rural que persistia na cidade grande, auxiliado pelo frio dos meses de julho, que seria mais forte devido à alta concentração de plantas nos jardins e quintais das casas da época. Assim, no largo hoje desaparecido, tudo favorecia à aura de sobrenatural da cena.
Foi em 26 de julho de 1900 que ocorreu a última aparição, o que se explica porque a moça adoeceu e faleceu. Ainda surgiriam, mais tarde, pessoas que afirmariam ter visto a mesma cena se repetir até os idos da década de 1920, mesmo com a iluminação elétrica, mas a recordação da violenta repressão da polícia fazia com que o fantasma se apresentasse em paz, em seu estranho ritual.
A mesma figura está pintada em um quadro que se encontra na administração do cemitério. Esse cemitério, como todos os outros, tem mais histórias de fantasmas, como a da noiva que passeava por suas alamedas durante a noite com seu vestido branco (explicando o povo que seu noivo havia falecido alguns dias antes do casamento), ou a meretriz que chamava os boêmios para dentro do cemitério oferecendo seus serviços, sendo comum que quando o sol surgia os mesmos acordassem e se encontrassem deitados em cima de um túmulo, e seu paletó ou casaco delicadamente colocado sobre a lápide.
Todas essas histórias populares refletem bem o imaginário popular, pois só existirão histórias de fantasmas e lendas onde existirem seres humanos bem vivos.
(História e mais detalhes no site:http://www.novomilenio.inf.br/
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Teatralização da história do fantasma do paquetá.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

FIM DA IRMANDADE DO ROSÁRIO - SANTOS.

Irmandade do Rosário: fim, após 356 anos Bens, como a Igreja do Rosário, passaram para a Mitra Diocesana
Uma das mais antigas irmandades religiosas de Santos, iniciada em 1652, teve a sua extinção decidida em junho de 2008, em ato tão discreto que não foi percebido pela imprensa local, e seu valioso patrimônio - inclusive a igreja N.SRa do Rosário (então completando 250 de existência) - transferido para a Mitra Diocesana.
Tal decisão não foi recebida pacificamente pelos irmãos do Rosário, inconformados com o desrespeito às tradições da irmandade, extinta sem que muitos deles fossem consultados e pudessem manifestar seu desejo de dar continuidade à sua administração.


MENSAGEM PELO FIM DA IRMANDADE , EM 2008.

A Deus tudo pertence, sendo que nada acontece sem sua autorização ou atenção, pois ele é aquele que não dorme e nele eu confio; é com muito pesar que eu, Francisco Vázquez Carballa, membro Nº 117, remido, da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Santos, relato sua extinção em junho de 2008.
Nossa Irmandade tão pia foi fundada em 1652, existiu por 356 anos, e erigiu com muito sacrifício dos irmãos sua sede própria - na atual Praça Rui Barbosa s/nº - em 1756; permaneceu ali por 252 anos, pela graça de Deus, tornando-se tradicional templo e abrigo para índios e negros e todas etnias santistas que o freqüentaram.
Ainda existem irmãos que não sabem que o seu fim foi decretado pelo último provedor, que não é da etnia negra ou indígena e - sendo assim, não entendeu o valor espiritual que representava avançar com essa instituição tão pia, preocupando-se apenas com o financeiro (manutenção do prédio da igreja). Muito menos se teve consideração pelos que se privaram de bens materiais necessários para si e suas casas, desviando o que podiam para erigir essa casa de Deus no seio de nossa cidade de Santos. Nossa imaginação nos leva a acreditar na possibilidade de haver negros da terra (índios), ou negros de África que abriram mão de comprar sua alforria para empregar o dinheiro na construção do templo; não temos nenhum relato, mas é verdade que muitos desejavam que ele fosse ereto para depois descansar em seu solo sagrado e assim se encontrar com o Pai no dia do Juízo Final.
Também não se considerou os negros ou índios evangelizados, libertos ou cativos, que buscaram e encontraram, na mãe de Jesus Cristo o Salvador, o consolo para os maus tratos e fadigas de trabalhos forçados, no silêncio de suas preces ouvidas por Deus, estando na mesma condição de cativos os negros de África, que seguindo o mesmo destino dos naturais dessas terras, a exemplo deles, acharam na Senhora do Rosário uma amiga e fiel ouvinte de seus lamentos, por perderem suas famílias, tradições, costumes, ilusões, sonhos e saudades das coisas mais simples de sua terra, desde o rugido de um leão, até a floração do sorgo e embundeiro ou flores naturais do solo africano.
E, marcando o fim premeditado da Irmandade, para por termo à instituição, foi anunciada em jornal uma reunião na igreja, justamente em um dia em que a maioria das pessoas trabalha, para ganhar seu tão difícil sustento, sem contar que muitos não lêem jornal, tanto por não poderem comprá-lo como por não terem esse costume. Igualmente, em um caso tão importante, não mandaram correspondência para os irmãos, seja por carta com um prazo considerável, relatando da gravidade, recorrendo inclusive ao uso de telegramas, pois a situação assim o exigia.
Mas o que os homens fazem - mesmo sem aprovação do dono da Igreja Nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina pelos séculos sem fim - ainda surpreende. Há muitos que foram pegos de surpresa, pois quem dirigia a instituição se esqueceu de que ninguém nesse universo é insubstituível a não ser o Senhor Deus Criador. Foram os bens da Irmandade, desde seu prédio, alfaias, mobiliários, imagens, adornos, objetos litúrgicos e para-litúrgicos, além daqueles imóveis que pessoas doaram por testamentos - visando um dia, com sua venda, suprir necessidades dos irmãos futuros ou reformas urgentes -, doados para a Mitra Diocesana de Santos, que dentre todas as demais instituições é a que tem direito justo de os receber, na pessoa de seu bispo, o representante maior da igreja Católica aqui em Santos, o que deixa em paz muita gente que estaria preocupada com o destino dessas coisas. É mais correta a sua doação à Mitra do que aos aproveitadores de antiguidades, que irritavam os irmãos, atrás das coisas antigas, pois sabemos que esse patrimônio será protegido e usado devidamente, tanto no Museu de Arte Sacra de Santos (MASS) como no culto ao Senhor Deus...
Ainda lamento, como irmão, que a chance - de continuar dirigindo o destino da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos - não foi repassada para os membros jovens que a ela pertencem ou nela queriam ingressar, sendo vedado até o interesse de se retomar a missa compromissal, a festa da oraga, a reza do terço dentro do templo e demais atividades relacionadas ao nosso compromisso com a fé cristã. Assim, os responsáveis que decretaram o fim da I.N.S.R. dos Pretos de Santos, um dia, vão prestar contas diante do tribunal de Cristo (II Coríntios cap. 05 vers. 10), pois para o Senhor Deus tudo tem que ser 'CERTO E JUSTO'.
(Mensagem enviada ao site Novo Milênio pelo professor e pesquisador , Francisco Carballa, em 28 de junho de 2008).


(Na foto, irmãos e o provedor da Irmandade do Rosário, no início da década de 1940)